:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/r/F/7K7csHRhq1t8VQGoSx0A/dolar-6.jpg)
Depois de um início de semana sob estresse intenso, os juros futuros dão prosseguimento ao movimento do dia anterior e operam em alta na manhã desta terça-feira. As taxas de prazo intermediário e longo têm novo dia de alta bastante expressiva. Na máxima do dia, os retornos de alguns contratos chegaram a exibir alta de mais de 20 pontos-base (0,2 ponto percentual), no momento em que os ruídos relativos ao programa Renda Cidadã continuam atraindo as atenções dos investidores. O dólar comercial, por sua vez, apresentava volatilidade.
Perto de 9h50, o dólar era negociado a R$ 5,6286 (-0,12%) no mercado à vista. No mesmo horário, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 passava de 3,06% no ajuste de ontem para 3,09%; a do DI para janeiro de 2023 avançava de 4,54% para 4,61%; a do contrato para janeiro de 2025 subia de 6,61% para 6,69%; e a do DI para janeiro de 2027 saltava de 7,62% para 7,70%.
“As sugestões de fontes de financiamento ao Renda Cidadã são, na prática, formas não republicanas de ‘burlar’ as regras constitucionais do teto de gastos”, diz o economista-chefe do BMG, Gilmar Lima. Para ele, a sinalização do governo na direção da irresponsabilidade fiscal fez com que a segunda-feira fosse marcada pela forte deterioração das condições financeiras locais. Embora em ritmo um pouco mais ameno que o de ontem até o momento, esse movimento tem vigor.
No campo externo, os investidores estão em compasso de espera pelo debate de hoje à noite entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden. O dólar hoje ensaia alguma acomodação em relação a moedas de mercados emergentes.
— Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil