Pesquisadores encontram restos de tratamento ginecológico do Antigo Egito

Uma recente descoberta feita por pesquisadores Universidade de Jaén, na Espanha, mostra que a ginecologia é uma ciência muito mais antiga do que se imagina. O grupo encontrou restos de um tratamento ginecológico realizado em uma senhora egípcia que morreu por volta de 1.800 a.C., na necrópole de Qubbet el-Hawa, em Aswan, no Egito.
Entre as pernas da senhora, identificada como Sattjeni, foi encontrada uma tigela de cerâmica com restos queimados. A análise do esqueleto foi realizada por uma equipe colaboradora de antropólogos da Universidade de Granada, também na Espanha, e confirmou que a mulher havia sofrido uma lesão traumática na pelve, talvez causada por uma queda — o que devia lhe causar muita dor.

É muito provável que, para aliviar essas dores, ela tenha sido tratada com fumigação. Essa técnica era feita a partir da combustão de plantas com efeito terapêutico, de forma que a fumaça era usada no tratamento. Os autores espanhóis afirmam que papiros médicos indicam o uso do método para solucionar problemas ginecológicos.

A descoberta é a primeira evidência de que esses tratamentos aconteciam naquela época. “O mais interessante da descoberta dos pesquisadores da Universidade de Jaén não é apenas a documentação de um tratamento ginecológico paliativo, algo único na arqueologia egípcia, mas que esse tipo de tratamento com fumigação foi descrito em papiros médicos e, até agora, não havia evidências de que foram realizados ”, disse, em nota, o doutor em egiptologia Alejandro Jiménez, diretor do Projeto Qubbet el-Hawa.
Galileu
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